O Brasil inteiro voltou as atenções, no dia 25 de janeiro, para o município de Brumadinho (MG), região metropolitana de Belo Horizonte. Era início da tarde quando os meios de comunicação do país começaram a divulgar informações que uma barragem havia se rompido.
Três anos após o acidente em Mariana, a história vinha a se repetir, mas, desta vez, com uma proporção de vítimas ainda maior. A barragem de rejeitos de minérios de ferro da mina do Córrego do Feijão, também da mineradora Vale, se rompeu e liberou uma montanha de lama, atingindo o refeitório e prédio da mineradora, pousada, casas, vegetação e rios, deixando mais de 300 vítimas entre mortos e desparecidos.
A estrutura que comportava a mina tinha cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos e, de acordo com a Vale, o rompimento ocorreu na Barragem 1, construída em 1976, e que estava desativada há cerca de três anos, ou seja, a barragem não recebia mais rejeitos de mineração mas ainda armazenava os antigos resíduos.
Com o rompimento, a lama conseguiu atingir o Rio Paraopeba, que fica a mais de 5 quilômetros do local da barragem. O rio é um dos principais afluentes do São Francisco e faz parte do abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte, com isso, a capitação de água no local foi suspendida.
Ainda é impossível dizer com precisão todos os impactos provenientes do rompimento da barragem em Brumadinho, tanto em vidas que foram perdidas quanto em danos sociais e ambientais causados. Em relação ao acidente de Mariana, os danos ambientais de Brumadinho estão sendo considerados como um quarto menores, mas o número de vítimas é muito superior à tragédia de 2015.
As investigações ainda estão sendo realizadas para descobrir a causa do acidente e a Justiça de Minas Gerais bloqueou valores da Vale. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também aplicou uma multa pelos danos causados ao meio ambiente.
Levando em consideração a proporção e impacto do acidente de Brumadinho, o Brasil Escola conversou com as professoras de Biologia, Vanessa Sardinha, e Geografia, Rafaela Sousa, para destacar pontos importantes que podem ser abordados nas próximas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e demais vestibulares do país em relação ao tema.
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